Seu impacto tem recebido grande destaque pela mídia e sociedades médicas, uma vez que a prevalência da doença cresce progressivamente em todo o mundo.
Existem diferentes definições para a síndrome metabólica. A mais amplamente utilizada requer a presença de três ou mais dos critérios listados abaixo para a confirmação diagnóstica:
Critérios | Parâmetro |
• Obesidade abdominal | |
Homens | ≥94 cm |
Mulheres | ≥80 cm |
• Triglicerídeos | ≥150 mg/dl |
• HDL-colesterol | |
Homens | <40 mg/dl |
Mulheres | <50 mg/dl |
• Pressão arterial | |
Sistólica | ≥ 130 mmHg ou tratamento para hipertensão arterial |
Diastólica | ≥ 85 mmHg ou tratamento para hipertensão arterial |
• Glicemia | Jejum ≥100 mg/dl |
A síndrome metabólica pode levar a um aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral e da mortalidade cardiovascular em até duas vezes. Diferentes mecanismos fisiopatológicos estão envolvidos neste processo como:
1. Resistência à ação da insulina levando a elevação da glicose no sangue, constrição das artériase retenção de sódio.
2. Maior produção hepática de triglicerídeos e LDL- colesterol acelerando a formação e progressão da placa de ateroma (placa rica em colesterol que provoca obstrução arterial).
3. Criação de um estado pró-trombótico (propenso a tromboses) na circulação que pode levar a obstruções arteriais agudas causando infarto agudo do miocárdio (IAM) ou o acidente vascular cerebral (AVC).
4. Criação de um estado de pró-inflamatório (inflamação exacerbada) que pode levar a instabilidade nas placas de ateroma tornando-as mais frágeis e propensas a rupturas. Estas placas rotas acabam por causar oclusões arteriais agudas responsáveis por quadros de IAM e AVC.
5. Obesidade causando hipertensão arterial, elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos, e resistência à ação da insulina (hormônio que reduz os níveis de glicose no sangue)..
Diferentes estudos apontam fatores de risco que propiciam à síndrome metabólica como: sexo masculino, baixa escolaridade, sedentarismo, obesidade na adolescência, história familiar de diabetes ou hipertensão e baixa ingestão de proteínas. Alguns transtornos psiquiátricos também parecem estar correlacionados à síndrome metabólica. O consumo de frutas parece reduzir os riscos da síndrome metabólica. Além disso algumas medidas podem ser empregadas para o controle e tratamento desta síndrome.
• Redução do peso em um ano e manutenção da perda do peso posteriormente. (após avaliação médica / nutricional) |
• Dieta com baixa quantidade de gordura total e saturada, assim como de gordura trans, além de incluir quantidades adequadas de fibras. (após avaliação médica / nutricional) |
• Atividade física por um período superior a 30 minutos por dia, preferencialmente de 45 a 60 minutos dia, 5 dias por semana (após avaliação médica). |
• Redução da ingestão de gordura saturada e colesterol na dieta. (após avaliação médica / nutricional) |
• Tratamento farmacológico da dislipidemia (alteração no colesterol e triglicerídeos) e da intolerância à glicose poderão ser empregados após avaliação médica criteriosa. |
⠀Dr. Daniel Setta – Cardiologista – CRM: 52 72959-0
* Rua Dona Mariana 143 – sala D35 - Botafogo – Rio de Janeiro - RJ
* Rua Ataulfo de Paiva 1120 salas 511-13 - Leblon - Rio de Janeiro - RJ